Valeu quase tanto como um golo: o pontapé que quase surpreendeu o Chelsea deixou os adeptos portistas orgulhosos e os jornais ingleses à procura dos melhores adjectivosUns centímetros mais abaixo e a glória teria sido absoluta. Mesmo assim, o pontapé de Quaresma, o tal que embateu com estrondo na barra da baliza de Cech, foi fartamente elogiado pela Imprensa inglesa, a ponto de esta manter algumas reservas sobre o desfecho da eliminatória. De resto, é na imprevisibilidade de golpes de génio como aquele, que quase surpreendia o Chelsea, que se mantém alicerçada a esperança dos adeptos portistas para a segunda mão. Uns mais esperançados do que outros, conforme se percebe pela amostra recolhida ontem por O JOGO. Do reencontro com Mourinho e o Chelsea sobrou o orgulho pela enésima prova de talento de Quaresma, reflectido num pontapé fulminante que deixou os ingleses rendidos. Há provas disso. "Seria o golo da época", escrevia ontem o "The Sun", o jornal mais vendido em Inglaterra. O "The Guardian", habitualmente ponderado nas palavras, também não poupou nos elogios. "Só por centímetros é que não se tornou num dos grandes golos da Liga dos Campeões". E escreveu mais: "Foi um toque sublime, com o qual Quaresma deixou os corações do Chelsea em palpitações".O momento deixou o Dragão em êxtase, quase indiferente ao facto de, na prática, não ter sido golo. Quaresma iniciou a jogada, tabelou com Raul Meireles para avançar mais uns metros e, ainda de fora da área, não hesitou em atirar à baliza de Cech, usando a parte exterior do pé direito. A bola ganhou um efeito caprichoso que tirou todos os obstáculos do caminho, menos a barra. "Teria sido o melhor golo da minha carreira", confessou Quaresma no fim. O Dragão explodiu em aplausos, apesar do azar.
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