Corria o ano de 1983, quando a 26 de Setembro nasce em Lisboa, Ricardo Andrade Quaresma Bernardo, que ninguém imaginava poder tornar-se no que é hoje. Filho do Srº António, de etnia cigana e de Dª Fernanda, angolana, Ricardo não nasceu por isso num berço de ouro o que levou a que não tivesse tido uma infância muito feliz. Aos seis anos enfrenta o seu primeiro contratempo no seio familiar: os pais separam-se!Ricardo passa a viver a sua vida ao lado da sua mãe e do irmão mais velho: Alfredo. Ricardo Quaresma foi sempre um jovem que se orgulhou de pretencer a duas culturas distintas o que o levou várias vezes a afirmar ter muito orgulho em ser cigano uma vez que todos somos iguais...mas a separação dos pais e o facto de Ricardo ter ficado a viver junto da mãe, tornou o afastamento do mundo paterno e por consequencia dos rituais ciganos inevitável... Muitas vezes visto como um jovem muito reservado, não negava um autógrafo a ninguém nem um carinho a uma criança, mas não gostava de dar nas vistas nem era pessoa de grandes falas como o próprio reconheceue mostrou a outra fec do ídolo: "A minha infância não foi fácil, sei que sou reservado, às vezes pareço antipático.Sou um pouco revoltado, admito-o.Revolto-me, por exemplo, ao ver as crinaças pedirem coisas que não podem ter. Se as pessoas soubessem o que passei na infância talvez percebessem a razão pela qual sou assim!" Chegou mesmo a afirmar qeu muitas vezes chegou a casa lavado em lágrimas:"Na maioria dos casos ia para casa com o meu irmão Alfredo, que também jogava no Sporting, mas às vezes ele não podia e tinha de ir sozinho para a Costa da Caparica, onde morava na altura.Custa muito uma criança ter de ir sozinha, de transportes e ver os outros a irem de carro, com os pais.Muitas vezes chorei!" Mas mesmo separados, os pais de Quaresma nunca deixaram de sentir um grande orgulho por ele representar um grande clube como o Sporting (onde jogava na altura) Falar da mãe de Ricardo era o mesmo que falar em preocupação.A Dª Fernanda começava logo a chorar, tal como todas as mães, quamdo o filho sofria uma falta mais violenta.Ficava preocupada e com medo de ver os jogos do filho, embora Quaresma tivesse tido sempre o desejo de levar a mãe a ver um jogo seu ao estádio. Já o pai, era habitual ver os jogos do "puto maravilha" embora ficasse preocupado e ansioso, é homem e encarava melhor as "duras" realidades do futebol. Alfredo, o irmão, assistia sempre que podia e no final dos jogos, costumava dar-lhe conselhos sobre a sua maneira de jogar.Segundo Quaresma, para Alfredo, ele era o melhor do Mundo, mas quando jogava mal, ele não tinha "papas" na língua e criticava-o a sério. |
Muito fixe! Continua, amiga...